Rabiscos de Carvão são riscos do que a vida coloca,
notadas palavras presas
dentro, que quando sai rasga
a alma. É poesia sangrada, nos riscados do tempo ou, de graveto no chão duro da terra socada,
rabiscado também.
No traço da realidade social, na vida de Marias e Josés, de um
cão de rua ou do boi preto morto no lago seco.
O
Risco da dor de um Manoel ao corpo do pintor de quadros manchado de vermelho.
E
o rabisco calmo que é poema na Voz do Vento, que é Deus soprando aos teus
ouvidos.
A
dor dos dias rabiscados na parede do cárcere da consciência de um José, José de
Maria Aparecida.
No
carvão da lenha queimada no fogão, sem alimentos para cozer. Agora quem grita
aflita é Maria das Dores, Das dores de José que tem ao lado, a cruz fincada na
beira da vida sem água, marcando onde está Emanuel.
Na
voz do vento Deus, nos rabiscos de carvão, a vida.
Na
visão do que é a vida nua por Markus Libra.
Descrever a vivência e os sentimentos é um dom.
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